Não se vende a alma deste lugar
Quem me conhece não sabe de onde nem como venho...
Não sabe o que tenho, nem se tenho...
Não sabe passado nem o presente que andei...
Falam tanto que nem se quer, dão -me a chance de falar algo meu...
Falam sem saber a face diante do espelho, metem o pau sem se importar se é bem ou mal...
Talvez seja um cacto coberto de espinho qual a pele não, mas fala nem é tocada...
Talvez meu pranto de dor seja o grito e a falsidade de vocês...
Talvez...
Pode ser que o amor vire a cachaça adoçada ou os planos de uma sociedade queimada.
Nem a chuva vem pra molhar as terras aquelas que já matou os grãos que um dia semeei lá...
Um dia, um sonho...
Multiplicai os tremores que os trovões fazem lá, por dentro deste nosso céu, faça estás nuvens a água minar e molhar nossas terrar que o bom tem pra nós dar, trazendo da roça, maxixe, melancia, milho verde e o prestigio que o roceiro tem na alma e faz vingar!
Alane Uilma Ferreira Feitosa